quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Já tinham passado duas semanas desde que Anita morrera. O dia usufruía da companhia de um sol resplandecente mas as temperaturas ainda não tinham subido o suficiente para largar o sobretudo de inverno. Pedro levanta-se ao som do despertador, dirige-se para a casa de banho, e inicia a sua rotina. Toma um banho longo e veste um fato de treino. Toma um pequeno-almoço á pressa e sai de fugida. À porta já tinha um táxi a espera. Entra e dá as direcções ao motorista. Ao fim de 15 minutos lá estava ele pronto a enfrentar aquilo que andava a temer a dias. Sai e com uns passos pequenos Pedro chega a porta. Era um cemitério. “Já chegaste até aqui, agora entra”. Pedro entrou e encaminhou-se para a campa onde pensava estar Anita. Não tinha ido ao funeral mas supôs que estivesse junto de sua família. Enganou-se. Nada indicava a presença do corpo dela naquele espaço. Continuou andar, encaminhando-se para as últimas campas construídas. Leu a primeira “António Torres Vasconcelos”. Leu a segunda “José Fonseca de Almeida. Leu a terceira “Anita Vaz Gomes”. 

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