quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Pedro depois de uma saída inesperada da sala de aula correu até onde o seu corpo autorizou. Com uma respiração ofegante e o coração a exigir uma pausa parou. Mais uma vez chorou. Chorou até não poder mais. Deitou-se no chão e implorou que tudo voltasse ao sétimo ano. Que não tivesse conhecido Anita. Que não se tornasse amigo dela. Que não se apaixonasse por ela. Implorou pela criança que em tempos fora. Decidira naquele momento que ia ser o ultimo dia. Que ia contar tudo, abrir o jogo e acabar com a pressão que sentia. De outra forma não era possível dado que sabia que teria uns pais furiosos em casa ansiosos por uma explicação e a policia a bater à porta a iniciar um novo interrogatório.
Levantou-se e respirou fundo. Começou por formular aquilo que iria dizer. Nada lhe fazia sentido. Como é que ia explicar aos pais de Anita o porquê de ela morrer? Como ia explicar que ele tinha sido a ultima pessoa que ela tinha visto? Como ia ele tentar que não tivessem ódio dele? Como? Estava completamente perdido. Pensou e naquele momento só uma imagem lhe surgiu na cabeça

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