quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

- E assim foi. A Anita tirou uma corda da mochila e aconteceu ...
Naquele momento Pedro não se aguenta e começa a chorar. Por fim tinha contado tudo. Sentia-se mais leve e fraco. Quem tinha sido ele que nem foi capaz de salvar a pessoa de quem gostava? Que amor era aquele? Não sabia o que ia acontecer a seguir mas de uma coisa tinha a certeza, nunca ia esquecer Anita. Nunca ia esquecer a forma como ela a fazia sorrir, os momentos que passavam os dois. As brincadeiras que tinham ou a forma como ela lhe chamava de "tosco". Sempre lhe dizia que podia se ajeitar mais mas no fundo sabia que gostava dela assim, daquele jeito tímido, "betinho", que não dava nas vistas. Adorava tudo nela e tinha percebido isso tarde demais. Sabia que ela tinha um grande futuro pela frente e naquela hora pediu que aquele futuro ainda fosse com ele. Gostava de lhe ter dito que precisava dela, dos momentos com ela, que a queria. Amava o sorriso dela, o jeito desengonçado com que soltava uma gargalhada. Adorava ainda mais a forma como ela o fazia sorrir. Sabia que aquilo que ele amava mesmo nela era a pessoa em que ele se tornava quando estava com ela. Lembrou-se da ultimas frases da carta que ela lhe deixou:


"Eu apaixonei-me por ti, pela forma como eu me conseguia reflectir em ti. Por aquilo em que tu te conseguias tornar quando estavas comigo. Pela forma como eu conseguia fazer isso. Pela forma como os teus olhos se enchiam de luz quando eu te surpreendia ou da forma como tu te enchias de luz quando te fixavas em mim e olhavas para a Anita verdadeira que eu era contigo. Nunca me disseste mas não precisei. A mulher tem esse jeito de saber quando um homem gosta dela e eu sei que tu gostavas de mim tanto como eu gostava de ti."

Sem comentários:

Enviar um comentário