sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Demorou o seu tempo mas mais uma vez lá estava ele. Nunca pensou em tempos visitar tanto aquele sitio. Arrepiava-lhe olhar para todos aqueles pedaços de pedra e saber que provavelmente estariam pessoas debaixo da terra que naquele momento pisava. Olhou em frente e ao fundo já se conseguia avistar a mesma campa de há dias com umas novas rosas brancas. Contornado algumas que lhe atravessavam o caminho e seguindo um pouco mais a frente chegou. Voltou a ler "Anita Vaz Gomes". Sentou-se e respirou fundo mais uma vez.
- Quero que me desculpes mas vou dizer tudo. Hoje na escola no meio de uma grande discussão disse que te vi pendurada naquela corda e provavelmente a policia já sabe disso. Queria tanto mudar tudo que se passou entre nós. Nunca ficaste a saber o quanto gostava de ti. Sei que te obriguei a esconder o que se passava entre nós os dois de toda a gente mas na altura achava que era o melhor. Fui tão burro, tão burro. Gosto de ti. Nunca te dei o valor e só hoje é que consigo perceber isso. Sei que te magoei imenso e talvez nunca tenha sido merecedor do que sentiste por mim. Só queria ter sido mais forte para te ter conseguido impedir daquilo. Amo-te Anita e nunca vai existir ninguém como tu.

Sem comentários:

Enviar um comentário